Dados do Trabalho
Título
A utilização de máscara termoplástica personalizada na radioterapia pediátrica: um recurso de impacto no manejo anestésico
Descrição
Justificativa e Objetivo: A radioterapia pediátrica é uma área desafiadora e importante no tratamento do câncer infantil. A atuação do médico anestesiologista é fundamental, promovendo anestesia e/ou sedação, garantindo a estabilização e tranquilidade durante o processo terapêutico. O uso de máscara termoplástica é um dos novos recursos utilizados atualmente, que permite o ideal posicionamento para irradiações de neoplasias de cabeça e pescoço. Inclusive, a customização dessas máscaras com personagens do universo infantil, tem sido uma estratégia eficaz adotada nos grandes serviços. Sendo assim, o presente estudo tem por objetivo elucidar na literatura os benefícios da utilização das máscaras termoplásticas personalizadas durante o manejo anestésico nas sessões de radioterapia.
Método: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada no período de junho e julho de 2024, selecionando artigos originais nas bases de dados PubMed e BVS com os seguintes descritores: “Radioterapia pediátrica”, “Anestesia”, “Radiation treatment” e “Anesthesia”. Após submissão de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados dois estudos, um em língua inglesa e outro em língua portuguesa, publicados nos últimos dois anos de relevância para a temática.
Discussão: A radioterapia é uma modalidade essencial no tratamento do câncer pediátrico, sobretudo nas neoplasias de cabeça e pescoço. A necessidade da permanência sem acompanhante, bem como a adoção da postura estática no acelerador linear é fator preditivo para a correta aplicação e sucesso do tratamento. Estima-se que 40 a 50% dos pacientes pediátricos necessitem de sedação e/ou anestesia durante a radioterapia. Alguns dispositivos são utilizados para o posicionamento e permanência da postura ideal do paciente, como as máscaras termoplásticas, as quais são moldadas individualmente para os pacientes de câncer de cabeça e pescoço. Assim sendo, visando tornar o tratamento um meio mais lúdico e de abordagem humanizada, os serviços vêm customizando tais máscaras com personagens do universo infantil, como os super-heróis. Essa simples medida apontou resultados extremamente satisfatórios como a cooperação da criança, uma menor utilização do uso de drogas anestésicas e sedativas, redução do tempo da sessão e aumento da produtividade da equipe pelo número de atendimentos. Ademais, o processo de humanização e estratégias para distrações possibilitam que a experiência do tratamento oncológico seja de forma mais tênue e segura.
Conclusão: Diante do exposto, nota-se a relevância da utilização de máscaras termolábeis na rotina do atendimento do anestesiologista durante o processo de tratamento radioterápico. Reflete um impacto efetivo na diminuição da ansiedade e estresse, promove um posicionamento correto mais duradouro, reduz a utilização de drogas anestésicas e sedativas e, por conseguinte, viabiliza um atendimento humanizado e agilidade nos fluxos de atendimento.
Referência 1
Araújo, D M et al. Dinâmica da Implantação de Humanização no Serviço de Radioterapia Pediátrica do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Brasil. Rev Bra Cancerol. 2022; doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2022v68n2.1662.
Referência 2
Dhar, D. et al. “Superhero” concept to avoid anesthesia for daily radiation treatment in childhood cancer. J Cancer Res Ther. 19(3): 813-815, 2023.
Palavras Chave
Radioterapia; Anestesia pediátrica; Humanização
Área
Anestesia Pediátrica
Fonte de financiamento
Recursos Próprios
Instituições
FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA - FAMENE - Paraíba - Brasil
Autores
LAÍS SCHULER DE LUCENA CHAVES, LUANA DE FREITAS MARQUES, THAISE RODRIGUES CRISPIM, MARIA CAROLINE GALIZA DE MORAIS, CAROLINA GROTT, GEORGE BARACUHY CRUZ VIANA