Dados do Trabalho


Título

Repercussão Pulmonar e Sistêmica da Hiperóxia em Anestesia: revisão sistemática

Descrição

JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: Analisar na literatura atual quais são as principais causas de repercussão pulmonar e sistêmica da hiperóxia em anestesia. MÉTODO: Estudo de revisão sistemático de caráter qualitativo, publicado nas bases de dados PubMed e Scielo, com uso dos descritores em inglês “pulmonar repercussion”, “hyperoxia”, “anesthesia”, combinados através do operador booleano AND, no recorte temporal de 2019 a 2023. Sendo encontrado no primeiro momento 38 artigos, sucessivamente foram analisados os títulos dos trabalhos, com o intuito de selecionar os que estão relacionados com o objetivo da pesquisa. Bem como, em seguida, selecionados os artigos disponibilizados de forma gratuita e na íntegra, e os estudos clínicos randomizados e metanálises, restando apenas 11 trabalhos, realizados de acordo com protocolo PRISMA. RESULTADOS: A hiperóxia durante anestesia pode causar repercussões pulmonares e sistêmicas significativas. A nível pulmonar, níveis elevados de oxigênio podem levar a lesões pulmonares induzidas por oxigênio (LIP), caracterizadas por inflamação, edema e disfunção alveolar. A hiperóxia prolongada pode resultar em atelectasia, uma vez que o oxigênio é absorvido rapidamente dos alvéolos, causando colapso alveolar. A nível sistêmico, a hiperóxia pode gerar estresse oxidativo, aumentando a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que danificam lipídeos, proteínas e DNA celular. Esse estresse oxidativo está associado a disfunção endotelial, comprometendo a vasodilatação e contribuindo para hipertensão arterial. Ademais, a hiperóxia pode afetar negativamente a perfusão tecidual, paradoxalmente reduzindo o fornecimento de oxigênio aos tecidos devido à vasoconstrição reflexa. Na prática anestésica, o manejo cuidadoso da administração de oxigênio é crucial para minimizar essas repercussões, balanceando a necessidade de oxigenação adequada com a prevenção de toxicidade relacionada ao oxigênio. CONCLUSÕES: a hiperóxia em anestesia pode causar lesões pulmonares e estresse oxidativo sistêmico. Monitorar e ajustar os níveis de oxigênio é crucial para equilibrar a oxigenação adequada e minimizar a toxicidade, otimizando o cuidado perioperatório e melhorando os desfechos dos pacientes.

Referência 1

Biscetti F, Nardella E, Rando MM et al. Outcomes of Lower Extremity Endovascular Revascularization: Potential Predictors and Prevention Strategies. Int J Mol Sci. 2021;22:2002.

Referência 2

Bevilacqua Filho CT, Schmidt AP, Felix EA et al. Risk factors for postoperative pulmonary complications and prolonged hospital stay in pulmonary resection patients: a retrospective study. Braz J Anesthesiol. 2021;71:333-338.

Palavras Chave

Hiperóxia; Lesão Pulmonar; Estresse Oxidativo

Área

Sistema Respiratório e Medicina do Sono

Fonte de financiamento

Recursos Próprios

Instituições

Centro Universitário de João Pessoa - Paraíba - Brasil

Autores

LUIS GUSTAVO ARRUDA VERAS, LUCAS RUAN DA SILVA SEFER, PHELIPE DOS SANTOS ARAÚJO, AXEL RAVANELLO, RENAN DE VASCONCELOS NEVES FILHO , LARYSSA LIRA PORTO