Dados do Trabalho
Título
Anestesia para excisão de Teratoma sacrococcígeo em paciente neonato
Descrição
INTRODUÇÃO. Este relato de caso aborda o manejo dos fluidos perioperatórios em um paciente pediátrico, seguindo as diretrizes da Associação de Anestesistas Pediátricos (APA). A gestão eficaz dos fluidos é crucial para otimizar os resultados clínicos, envolvendo a reposição de déficits hídricos, administração de fluidos de manutenção e reposição de perdas específicas. Questões controversas, como o uso de albumina versus soluções cristaloides, são discutidas à luz das recomendações atuais, destacando a importância de uma abordagem individualizada e baseada em evidências para garantir a segurança e a eficácia no manejo perioperatório de pacientes pediátricos. RELATO DE CASO. Paciente de 3,625kg admitido em centro cirúrgico intubada devido a esforço respiratório após 12 horas de nascimento e ventilação sem sucesso com caixa de Hood, sem drogas vasoativas e cateterização umbilical. Após acoplamento em ventilação mecânica na sala cirúrgica em modo VCP-VG, foi realizado um acesso para monitorização da pressão arterial invasiva (PAI) em artéria umbilical e venóclise periférica com cateter 24G, um em cada membro superior. Anestesia foi mantida com Sevoflurano 2-3% e doses de 2-3mcg/kg de fentanil, totalizando 30mcg ao fim da anestesia, também em doses pontuais manteve-se o Rocurônio, totalizando 8mg ao fim do procedimento. Iniciou-se expansão volêmica de 10ml/kg de Ringer Lactato albuminado (RLa) a 4% (30ml total), totalizando seis expansões ao longo da permanência no centro cirúrgico. Para estimar perda sanguínea foram pesadas as compressas descartadas abatendo-se o peso seco (11g cada), totalizando 590g de sangue perdido. Juntamente a expansão volêmica com RLa, foram administradas 3 bolsas de 60ml cada, totalizando 180ml de sangue, assim como 42ml de plaquetas e 60ml de plasma fresco congelado (PF). Ao fim do procedimento, a paciente foi levada ao CTI intubada e com bomba de infusão contínua de noradrenalina a 0,5mcg/kg/h e adrenalina a 0,3mcg/kg/h. DISCUSSÃO. Em pacientes pediátricos durante procedimentos intraoperatórios, o manejo do choque hipovolêmico é particularmente desafiador devido às diferenças fisiológicas em comparação com adultos. O rápido reconhecimento através de monitorização contínua e sinais clínicos, são os principais desafios para o anestesista, pois o manejo eficiente do choque hipovolêmico intraoperatório em pacientes pediátricos requer uma abordagem rápida, sistemática e adaptada às necessidades específicas das crianças, com ênfase na ressuscitação volêmica, controle da hemorragia e suporte hemodinâmico contínuo.
Referência 1
Arumainathan, R., et al. “Management of Fluids in Neonatal Surgery.” BJA Education, vol. 18, no. 7, July 2018, pp. 199–203, bjaed.org/article/S2058-5349(18)30048-9/pdf, https://doi.org/10.1016/j.bjae.2018.03.006.
Referência 2
Perioperative intravenous fluid therapy in children: guidelines from the Association of the Scientific Medical Societies in Germany Robert S€ umpelmann1, Karin Becke2, Sebastian Brenner3, Christian Breschan4, Christoph Eich5, Claudia H€ ohne6, Martin J€ ohr7, Franz-Josef Kretz8, Gernot Marx9, Lars Pape10, Markus Schreiber11, Jochen Strauss12 & Markus Weiss13
Palavras Chave
Teratoma; Anestesia; Anestesia pediátrica
Área
Anestesia Pediátrica
Fonte de financiamento
Recursos Próprios
Instituições
CET SERV.ANEST. DE CAMPO GRANDE-STA.CASA - Mato Grosso do Sul - Brasil
Autores
MOISÉS SOARES DA SILVA NETO, EDUARDO BRANT NUNES, JULIANA BEZERRA BASTOS, MARINA FRANZIM MINHOZ