Dados do Trabalho


Título

Anestesia para hemipelvectomia em paciente pediátrica com cardiopatia: Relato de caso

Descrição

Introdução: O neurofibrossarcoma é um tumor primário da bainha neural que surge dos nervos periféricos e a ressecção radical é possibilidade terapêutica. A definição cirúrgica se dá com base na localização, tamanho e local de infiltração. A anestesia para a ressecção desses tumores é desafiadora, porque são usualmente grandes, distorcem a anatomia, ocasionando trauma cirúrgico extenso e grande perda de sangue. O objetivo do estudo consiste em relatar o caso de uma paciente portadora de Neurofibrossarcoma originado em nervo ciático, que necessitou de cirurgia de hemipelvectomia à E(HE), discutir a técnica anestésica e os desafios intrínsecos ao caso. Relato de caso: Paciente feminina, 13 anos, portadora de neurofibrossarcoma em coxa esquerda, realizou quimioterapia (QT) e radioterapia, porém desenvolveu insuficiência cardíaca congestiva com fração de ejeção de 32% associada a QT, sendo esta interrompida e optado por cirurgia. Medicamentos em uso: Espironolactona 25mg TID, Carvedilol 3,125mg TID, Furosemida 20mg TID, Digoxina 0,25mg MID, Amitriptilina 25mg MID.Foi submetida a cirurgia de HE sob anestesia combinada. Inicialmente, punção peridural entre as vértebras L3 e L4, injetado Ropivacaína 0,2% 10 ml e passado cateter peridural. Induzida anestesia geral com Fentanil 0,100mg, Propofol 80mg, Cisatracúrio 4mg e manutenção da hipnose com sevoflurano (CAM 0,7%). Realizada infusão de dobutamina 5mcg/kg/min durante todo procedimento e transfusão de 1 concentrado de hemácias. Ao final do procedimento a paciente foi extubada, sem drogas vasoativas e sem queixas álgicas. Encaminhada ao CTI com infusão contínua de ropivacaína 0,2% a 2ml/h via cateter peridural. O cateter peridural foi mantido por 48h, sendo a taxa de infusão aumentada para 5 ml/h após necessidade de resgate com 2mg de morfina intravenosa com 24hrs de pós operatório. Discussão: Pacientes submetidos a cirurgias de hemipelvectomia necessitam de atenção especial devido à complexidade do procedimento e risco de dor pós operatória, sendo esta de alta incidência nesses pacientes. Sendo assim, a escolha da anestesia combinada é de grande importância, visando minimizar desfechos negativos supracitados.Porém, devido as poucas descrições na literatura da anestesia para hemipelvectomia, é necessário maior número de estudos envolvendo o tema, com enfoque na prevenção de dor pós operatória, buscando capacitar e atualizar profissionais da área, melhor atendimento e qualidade de vida do paciente.

Referência 1

1- Molnar R., Emerge G., Choong P.F.M. Anaesthesia for hemipelvectomia - a séries of 49 cases. Anaesthesia and Intensive Care, [S. l.], ano 2007, v. 35, n. 04, p. 536-543, 4 ago. 2007.

Referência 2

2- Couto, A. G.H., Araújo B., Vasconcelos R.A.T., et al. Survival rate and perioperative data of patients who have undergone hemipelvectomy: a retrospective case series. World Journal of Surgical Oncology, [S. l.], ano 2016, v. 255, n. 14, p. 1-7, 7 out. 2016. DOI 10.1186/s12957-016-1001-7. Disponível em: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. Acesso em: 11 dez. 2023.

Palavras Chave

Pediatria; cardiopata; Analgesia

Área

Anestesia Pediátrica

Fonte de financiamento

Recursos Próprios

Instituições

CET STA.CASA MISER.B.HORIZONTE - Minas Gerais - Brasil

Autores

PEDRO MALVEIRA P BORGES, KARINE GRILLO DE FREITAS, MAGDA LOURENÇO FERNANDES, GUSTTAVO LUIZ MEIGRE, ROSSINE SIMOES BATISTA, MARCELO FONSECA MEDEIROS