Dados do Trabalho
Título
Analgesia Controlada pelo Paciente nos Cuidados Paliativos: Promovendo Atenção Holística para Idosos Frágeis - Uma revisão de literatura
Descrição
JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A analgesia controlada pelo paciente (PCA) é a inserção de analgésicos opiáceos e não opiáceos via venosa ou peridural, através de equipamentos de infusão contínua ou intermitente (mediante a solicitação de doses em bolus por demanda). O mecanismo de ação antinociceptivo tem efeito na percepção do controle da dor pelo próprio paciente, em sinergia, com a ação dos medicamentos. Diante dos idosos frágeis que estão em cuidados paliativos, a PCA possibilita responder à intensa discrepância interindividual e intraindividual da dor e das necessidades analgésicas. Sendo assim, torna-se fundamental o manejo individualizado da dor no idoso frágil que possui sua sobrevivência em ameaça, com o uso de técnicas analgésicas adequadas. O objetivo dessa revisão é analisar o desfecho clínico da analgesia controlada na saúde do idoso frágil que está em fase de cuidados paliativos, abrangendo-o de maneira integral. MÉTODOS E MATERIAIS: Trata-se de uma revisão da literatura, na qual foram utilizadas as bases de dados: Google Acadêmico, PubMed e Scielo. Os descritores “Controlled Analgesia”, “Frail Elderly”, “Palliative Care” foram empregados, sendo encontrados 30 resultados que após a análise, selecionaram-se 8 artigos, que foram avaliados, e metodizados por recursos precedentemente autenticados. RESULTADOS: Ao se tratar de cuidados paliativos, o manejo individualizado da dor é fundamental para garantir a assistência adequada ao paciente, principalmente, quando refere-se ao idoso frágil. Nesse contexto, na qual esses pacientes de forma constante enfrentam dor crônica e complexa, acentuadas por abundantes comorbidades, a PCA favorece a autonomia do idoso no quesito aparecimento da dor e alívio desta, com doses preconizadas que obedecem a singularidade de cada indivíduo e atendem aos esquemas terapêuticos avançados, além disso, respeita a farmacocinética dos analgésicos empregados, com menor ocorrência de efeitos adversos relacionados. A via subcutânea para infusão de opióides potentes, como a morfina, tem sido empregada, mostrando-se superior ao controle da dor dos esquemas terapêuticos tradicionais com doses fixas ou outros esquemas terapêuticos. Assim, a PCA mantém o fármaco equilibrado na faixa terapêutica no plasma e alivia a dor nos cuidados paliativos de forma segura e eficaz, visto que, as bombas de PCA possuem uma periodicidade de segurança que impede a sobredosagem por tentativas repetitivas de ativação das doses pelo paciente. Outrossim, tem sido demonstrado que proporcionam melhores resultados na analgesia durante as primeiras 24 horas. CONCLUSÃO: A analgesia controlada pelo paciente (PCA) mostrou-se eficaz e segura no manejo da dor de idosos frágeis em cuidados paliativos, permitindo um controle personalizado da dor e reduzindo efeitos adversos. Comparada a métodos tradicionais, a PCA mantém níveis terapêuticos estáveis e previne superdosagem, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Referência 1
SALAMONDE, Giselane Lacerda Figueredo et al. Análise clínica e terapêutica dos pacientes oncológicos atendidos no programa de dor e cuidados paliativos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho no ano de 2003. Revista brasileira de anestesiologia, v. 56, p. 602-618, 2006.
Referência 2
REZENDE, Letícia Morais et al. Cuidados paliativos: aspectos gerais, controle da dor e papel do anestesiologista. Research, Society and Development, v. 12, n. 8, р. e6212842825-e6212842825, 2023.
Palavras Chave
Cuidados paliativos; idoso frágil; Analgesia controlada pelo paciente
Área
Medicina da Dor, Cuidados Paliativos e Cuidados em Fim de Vida
Fonte de financiamento
Recursos Próprios
Instituições
CESED - Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento- Unifacisa - Paraíba - Brasil
Autores
JOANA BEATRIZ NUNES GAMA, FERNANDA FABIOLA SANTOS DE LIMA, RONALDO DE FARIA MARIZ, EURIDÉA CAMPELO PEREIRA