Dados do Trabalho


Título

APLICAÇÃO DA ESCALA DE MCGILL PARA AVALIAÇÃO DA DOR EM PACIENTES ATENDIDOS EM UMA CLÍNICA ESPECIALIZADA EM DOR

Descrição

A amostra estudada foi constituída majoritariamente por pacientes do sexo feminino (77,80%), corroborando outros estudos brasileiros (COSTA, 2022; FORNI et al., 2012) e um estudo americano que avaliou 4.611 indivíduos (SMITH et al., 2007). No entanto, isso diverge de um estudo realizado em um hospital universitário em Minas Gerais, onde o sexo masculino era predominante (BARRETO et al., 2012). Acredita-se que essa divergência esteja relacionada ao local do estudo, uma vez que os trabalhos onde o sexo feminino possui maior prevalência são caracteristicamente ambulatoriais, enquanto o estudo com maior índice de pacientes do sexo masculino foi realizado em um hospital. A faixa etária predominante foi de 41-54 anos (50%), seguida pela faixa etária de 64-84 anos (33,3%). A média de idade encontrada nos demais estudos foi de 50 anos, corroborando outros trabalhos nos quais a mediana variou entre 46 e 50 anos. Alguns autores acreditam que essa faixa etária mais acometida esteja relacionada a um período de maior atividade laboral. Embora este estudo não tenha avaliado a variável ocupação, concorda-se com essa hipótese (DARNALL et al., 2012; CROMBEZ et al., 2012). Em relação ao diagnóstico na admissão, observou-se que a maioria dos pacientes atendidos nesta unidade apresentava algia relacionada ao esqueleto axial, com cervicalgia e dorsalgia sendo os principais diagnósticos (22,30% cada), seguidos por lombalgia (16,70%). Comparado a outros estudos, observou-se uma variedade de locais acometidos, não sendo o esqueleto axial o principal foco. De fato, os demais estudos apresentaram uma diversidade de diagnósticos. Isso evidencia a carência de uma padronização na terminologia relacionada à dor, que poderia beneficiar não só os estudos sobre o assunto, mas também a própria abordagem terapêutica. Na análise da qualidade da dor, obtida através do questionário McGill, as métricas encontradas, considerando a população do estudo (n=18) e os descritores selecionados para caracterizar a dor, na dimensão sensitiva, foram: dolorida (88,8%) e espalhada (11,10%). Não houve consenso com os demais estudos, já que essa dimensão é subdividida em 10 subcategorias, com diferentes estudos apresentando predominância variável entre os descritores. Na dimensão afetiva, o descritor "cansativa" foi unânime, com 100% dos pacientes respondendo assim. Nesta dimensão, houve concordância com outros estudos, como o de Mendes et al. (2016). Na dimensão avaliativa, os indivíduos também caracterizaram unanimemente como "dor que incomoda" (100%). Considerações finais: O presente estudo observou a importância da aplicação de escala multidimensional com o propósito de qualificar a dor e assim selecionar a melhor conduta terapêutica.

Referência 1

COSTA, Michelle dos Santos Severino. Perfil dos pacientes atendidos no Centro Multidisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. 2022. Dissertação (Mestrado em Ciências Aplicadas à Cirurgia e Oftalmologia) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Referência 2

MENDES, P.M et al. Aplicação da Escala de McGill para avaliação da dor em pacientes oncológicos. Revista Brasileira de Medicina, v. 10, n. 11, p. 451-457, 2016.

Palavras Chave

Dor; Dor crônica; manejo de dor

Área

Medicina da Dor, Cuidados Paliativos e Cuidados em Fim de Vida

Fonte de financiamento

Recursos Próprios

Instituições

Afya- Faculdade de ciências médicas de Itabuna - Bahia - Brasil

Autores

CARLOS CAIQUE ARAUJO MENDES, JULIANA BRAGA NUNES, LUCAS CALHEIROS DE MOURA, JOSEANE CRISTINA SILVA DOS SANTOS CARDOSO, VERONICA RABELO SANTANA AMARAL, PEDRO COSTA CAMPOS FILHO