Dados do Trabalho
Título
MANEJO DA VIA AÉREA DIFÍCIL EM ANESTESIA: UM DESAFIO PARA O ANESTESISTA
Descrição
INTRODUÇÃO: O manejo da via aérea difícil é um tema recorrente entre a prática clínica dos anestesistas. Em meados da década de 80, estudos de Mallanpati e Cormack-Lehane trouxeram conhecimentos sobre a breve visualização dos arcos do palatoglosso, avaliação da abertura da boca, avaliação do pescoço curto, entre outras avaliações. Com isso, há um ganho no atendimento dos pacientes que irão se submeter a um procedimento anestésico. Entretanto, mesmo com esses conhecimentos ampliados, diversos estudos afirmam que não é fácil prever a via aérea difícil. OBJETIVO: Avaliar o que vem sendo produzido na literatura acerca do manejo da via aérea difícil na anestesia. METODOLOGIA: Tratou-se de uma revisão sistemática da literatura. Os dados foram coletados a partir de artigos indexados na base de dados PUBMED. A busca aconteceu no mês de junho de 2024. A pergunta norteadora da pesquisa consistiu em: quais os novos estudos vêm sendo realizados sobre o manejo da via aérea difícil? Como critérios de inclusão foram selecionados artigos originais, nos idiomas inglês e espanhol, completos e publicados nos últimos cinco anos, como critérios de exclusão foram usados relatos de caso, dissertações e teses. Na busca de artigos utilizou-se os descritores em Ciências da Saúde: aérea; difícil e intubação associados aos operadores booleanos AND e OR. Foram achados 18 artigos e desses, foram utilizados dois. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos revelam que foram verificados testes sensíveis para alertar casos de via aérea difícil, como a protrusão mandibular, a distância tireomentoniana e a escala Cormack-Lehane apresentando específica para predizê-los. Em pesquisa realizada no México, ao analisar o manejo anestésico de pacientes obesos observou-se que, a classificação de Mallampati e a de Cormack-Lehane apresentaram sensibilidade superior a 60%; demonstrando que existe correlação entre a Índice Preditivo de Intubação Difícil e a Cormack, com relação ao diagnóstico de dificuldade de intubação em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos sob anestesia geral. Em estudo Belga realizado com 54 pacientes utilizando o dispositivo Evone® que usa um tubo com manguito de pequeno calibre (Tritube®). Este ventilador suga ativamente o ar para fora dos pulmões, em vez de depender do refluxo passivo de ar fornece excelentes condições em pacientes submetidos à cirurgia das vias aéreas superiores estreitadas, pois combina excelente acessibilidade e visibilidade do local da operação com ventilação segura e estável. CONCLUSÃO: A escala Cormack-Lehane mostrou-se específica para predizer o diagnóstico de via aérea difícil e o surgimento de novos dispositivos visando uma melhor qualidade de atendimento ao paciente é bastante promissor, no entanto, a utilização dos outros preditores ainda se mostra necessária, pois permite aos anestesistas se antecipar de problemas futuros no manejo do paciente. Esses achados contribuem para a otimização de uma abordagem anestésica cada vez mais eficaz.
Referência 1
Meulemans J, Jans A, et al. Evone® Flow-Controlled Ventilation During Upper Airway Surgery: A Clinical Feasibility Study and Safety Assessment. Front Surg. 2020 Feb 28;7:6. doi: 10.3389/fsurg.2020.00006. PMID: 32185179; PMCID: PMC7058692.
Referência 2
Perez, M., D.; Dzib, R., S., G. Correlación entre el Índice predictivo de intubación difícil y el Cormack. Rev Med Inst Mex Seguro Soc. 2022;61(1):15-20.
Palavras Chave
aérea; difícil; Intubação
Área
Gerenciamento de vias aéreas
Fonte de financiamento
Recursos Próprios
Instituições
UNICAP - Pernambuco - Brasil
Autores
APOLONIO ALVES LIMA JUNIOR, KATIUSCIA LUCENA BASÍLIO , EDNAN CARDOSO SOUSA