Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM ANESTESICA PARA CRIANÇAS COM AUTISMO - TEA

Descrição

JUSTIFICATIVA: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se qualifica como um transtorno do neurodesenvolvimento, onde ocorrem frequentemente problemas de comunicação e interação social, bem como comportamentos ou interesses restritos ou repetitivos com dificuldade em mudanças de rotina. O período perioperatório é um processo estressante, pois uma nova rotina é inserida, com uma exacerbação dos estímulos sensoriais, deixando-as agitadas, ansiosas e não cooperativas, o que dificulta os procedimentos anestésicos. Tais fatores podem levar as crianças com TEA a terem maiores escores de dor no pós-operatória em relação as crianças típicas. Assim, o presente trabalho se justifica pela necessidade de atualizar o cuidado de crianças atípicas no contexto perioperatório. OBJETIVO: Abordar sobre um plano de cuidado perioperatório de qualidade centrado para crianças com TEA. MÉTODO: Revisão sistemática nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PUBMED, de acordo com o protocolo PRISMA, com os descritores “ Anestesia Infantil” AND “Autismo” AND “TEA” e os filtros: texto completo; idioma: português e inglês; nos últimos 5 anos. RESULTADOS: Whippey et al (2019), conduziu um ensaio piloto de pacientes pediátricos com TEA grave em um hospital pediátrico canadense no período de 9 meses. Os medicamentos utilizados foram midazolam e/ou cetamina e as doses baseadas em estudos anteriores que examinaram doses ideais para pré-medicação anestésica de crianças com TEA. O protocolo de participantes consistia em analisar escores de gravidade do autismo, estilos de comunicação, gatilhos e apoio de um especialista em crianças, dito o exposto mostrou que 15 pacientes foram aderidos ao protocolo de pesquisa, e concluiu que os mesmos conseguiram uma excelente indução anestésica, bem como um bom pós-operatório devido a um plano anestésico e intervenção multidisciplinar perioperatória especifica para crianças com TEA. SILVA et al, realizou um trabalho com base em uma pesquisa exploratória que avalia artigos já publicados sobre anestesia em crianças com TEA e encontrou 12 artigos para usar como referência. Seu trabalho concluiu que a falta de contato e cuidados perioperatórios, bem como contenção física para facilitar a anestesia já não são vistos como comportamentos éticos. A interação dos profissionais de saúde com os responsáveis dos pacientes com especificidades mentais bem como o treinamento sobre TEA são de fundamental importância para que qualquer procedimento relacionado anestesia tenha o sucesso. O principal ponto abordado nos trabalhos foi que é preciso conhecer as necessidades dos pacientes com TEA e a partir delas formar um plano individualizado. CONCLUSÃO: Diante dos estudos, há relação entre a indução anestésica e um bom pós-operatório quando, há uma boa intervenção multidisciplinar juntamente aos pais para entender as especificidades da criança e, assim, realizar um plano individualizado para cada uma delas que objetivem diminuir traumas pós-operatórios.

Referência 1

Whippey, A., Bernstein, L.M., O’Rourke, D. et al. Enhanced perioperative management of children with autism: a pilot study. Canadian Journal of Anesthesia. 2019; 66: 1184-1193.

Referência 2

Dibe, A.C.M; Souza, C.C.B.V; Sousa, R.K.C. et al. Considerações Anestésicas em pacientes pediátricos com transtorno do espectro autista. Journal of surgical and clinical research. 2021; Vol. 12: 40-56.

Palavras Chave

Anestesia; transtorno do espectro autista; Cuidados Pré-Operatórios

Área

Anestesia Pediátrica

Fonte de financiamento

Recursos Próprios

Instituições

FAMENE - FACULDADE NOVA ESPERANÇA - Paraíba - Brasil

Autores

JOÃO CIRINO FILHO SEGUNDO CUNHA, YASMIN MESQUITA DIAS FRANCA GADELHA, RENATALY MOURA LINS, HEITOR CAPISTRANO SANTOS, ALTEMAR FERREIRA ANDRADE JUNIOR, MARIA FÁTIMA OLIVEIRA SANTOS