Dados do Trabalho


Título

ANALGESIA E HIPERTERMIA NO TRABALHO DE PARTO: REVISÃO SISTEMÁTICA

Descrição

Justificativa e objetivos: A hipertermia no trabalho de parto é uma complicação comum e desafiadora quanto ao seu manejo, sendo imprescindível o diagnóstico precoce para reduzir probabilidade de consequências maternas, como aumento acentuado de parto cesária e hemorragia pós parto, além de consequências ao recém nascido, como encefalopatia e necessidade de hipotermia terapêutica, uma vez que a temperatura materna aumenta minimamente durante o trabalho de parto normal, os aumentos significativos de temperatura possivelmente representam processo patológico, infeccioso ou não infeccioso. Os fatores que influenciam nesta condição são: nuliparidade, analgesia epidural, aumento da duração da exposição a analgesia epidural, etnia hispânica e protocolos de ocitocina. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a associação entre analgesia e hipertermia durante o trabalho de parto. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura executada por meio das bases PUBMED, LILACS e SCIELO, em julho de 2024, de artigos no período de 2019-2024. A busca dos artigos foi realizada na língua inglesa com os seguintes descritores: "analgesia" AND "labor" AND "hyperthermia". A triagem, elegibilidade e extração dos dados dos estudos foram feitas por dois revisores. Resultados: Após analisar os principais fatores de risco relacionados à analgesia e a probabilidade de hipertermia no trabalho de parto, foi comprovado que a febre ocorre , principalmente, em mulheres nulíparas quando recebem analgesia peridural. Os resultados mostram uma diferença significativa, com chance de 11% a 33% em pacientes nulíparas e taxas mais baixas de 4% em mulheres multíparas. Ademais, outros riscos que aumentam a chance de hipertermia intraparto incluem a duração da exposição à analgesia peridural e a duração do trabalho de parto em mulheres não medicadas, sendo necessário evitar o atraso no tratamento para controlar os efeitos colaterais da febre no trabalho de parto. Conclusões: É notório que a hipertermia, no trabalho de parto, seja uma condição que acomete diversas gestantes, principalmente em nulíparas. Além disso, fatores como a exposição prolongada à anestesia peridural e maior duração de trabalho de parto devem ser evitados a fim de diminuir a incidência dessa condição. Apesar da análise, essa condição requer mais estudos, o que torna imprescindível seu estudo pela comunidade científica.

Referência 1

GOETZL, L. Maternal fever in labor: etiologies, consequences, and clinical management. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 2023; 228: 1274-82.

Palavras Chave

Analgesia; hipertermia; trabalho de parto

Área

Anestesia Obstétrica

Fonte de financiamento

Recursos Próprios

Instituições

Universidade Tiradentes (UNIT SE) - Sergipe - Brasil

Autores

VINÍCIUS DE SOUZA ELOY, PALOMA LISBOA DE SOUZA, RÔMULO CARVALHO COSTA, MARINA DÉDA PEIXOTO LEITE, NATHALIE DA CUNHA CALDAS, THIAGO MORAIS DA COSTA