Dados do Trabalho
Título
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM C NCER TERMINAL: REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PRÁTICAS ATUAIS
Descrição
Introdução: Os cuidados paliativos pediátricos especializados (SPPC) foram avaliados como fundamentais para a melhoria da qualidade de vida em todos os artigos selecionados, visto que visam atender às necessidades únicas de crianças com câncer progressivo e de seus familiares. Objetivo: Analisar as práticas atuais utilizadas em cuidados paliativos para pacientes pediátricos com câncer terminal. Método: Uma revisão sistemática foi conduzida de acordo com as diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Cochrane e BVS com os descritores (((palliative care) AND (terminal cancer)) AND (pain medicine)) AND (pediatrics) para o período de 2014 a 2024. Foram encontrados 79 artigos, 0 foram excluídos por duplicidade, 9 excluídos pelo título, 43 excluídos pelo resumo, ambos não relacionados ao tema, restando 27 artigos incluídos no presente trabalho. Resultados: Com base nos artigos analisados, observou-se que a introdução do SPPC para pacientes oncológicos pediátricos ocorre tardiamente. Nesse sentido, mais de 50% das crianças com câncer morrem sem cuidados paliativos, percentual ainda maior e mais prevalente em países de média e baixa renda. Em relação ao gerenciamento de sintomas, os medicamentos concomitantes mais frequentemente utilizados foram os benzodiazepínicos (91%). De acordo com Anghelescu et al., os opioides também apresentaram-se como alternativas eficazes para o alívio da dor no tratamento de crianças com câncer em estágios avançados, dentre os quais podem ser destacados o fentanil (32%), a morfina (32%) e a hidromorfona (30%). A dose equivalente de morfina (MED) média (mg/kg/dia) aumentou nas últimas duas semanas de vida para todos os pacientes com diagnóstico de câncer em todas as faixas etárias, sendo significativamente maior entre os mais jovens (idade < 13 vs. idade ≥ 13) no dia da morte. Por fim, práticas como a radioterapia paliativa (taxa geral de resposta clínica igual a 80%), utilização de metadona para paliação de dor nociceptiva e o uso de Infusões Contínuas de Lidocaína (CLI) para o tratamento da dor refratária (redução das pontuações de dor de 8/10 para 2/10) proporcionaram uma redução significativa dos sintomas para os pacientes pediátricos e permitiram, em alguns casos, a diminuição do uso de opioides. Conclusões: Sintomas como dor, dispneia, náusea, vômito, ansiedade e depressão são frequentemente identificados em pacientes oncológicos encaminhados para os cuidados paliativos, bem como convulsões e fala prejudicada. O uso de benzodiazepínicos, opioides e práticas como a radioterapia mostraram eficácia na redução de sintomas, bem como a implementação de técnicas como infusões contínuas de lidocaína. Dessa forma, conclui-se que o acesso precoce e adequado ao SPPC é essencial para diminuir a intensidade dos cuidados no final da vida e melhorar os desfechos para pacientes pediátricos oncológicos.
Referência 1
Anghelescu DL, Snaman JM, Trujillo L, et al. Patient-controlled analgesia at the end of life at a pediatric oncology institution. Pediatr Blood Cancer. 2015; 62(7):1237-1244
Referência 2
Cuervo-Suarez MI, Cleves D, Duque-Nieto N, et al. Children with cancer at the end of life in a middle-income country: integrated pediatric palliative care improves outcomes. BMC Palliat Care. 2024; 23(1):31.
Palavras Chave
Analgesia; Dor Oncológica; Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida
Área
Medicina da Dor, Cuidados Paliativos e Cuidados em Fim de Vida
Fonte de financiamento
Recursos Próprios
Instituições
Universidade de Rio Verde - Goiás - Brasil
Autores
GABRIELLE dos SANTOS ALMEIDA, NICOLY CARNEIRO CASTRO, LUCAS VINÍCIUS RODRIGUES , PAULO FELIPE de OLIVEIRA CRUZ, EDUARDA MIGLIO FREIRE , DIEGO PACHECO TAVARES VEIGA