Dados do Trabalho


Título

FRATURA PERI-IMPLANTE EM MEMBRO SUPERIOR: ANALGESIA NO INTRA E PÓS-OPERATÓRIO

Descrição

INTRODUÇÃO: O uso de infusões contínuas em cateter para bloqueios de plexo braquial é superior aos bloqueios de plexo braquial com injeção única para diminuir os escores de dor perioperatória e o consumo de opioides em diversas cirurgias de extremidades superiores. Relatamos um caso de um paciente com fratura de úmero peri-implante, submetido a retirada de material e osteossíntese de úmero sob anestesia geral e bloqueio de plexo braquial, com passagem de cateter perineural para manejo da dor no pós-operário. RELATO DE CASO: Homem de 52 anos, 170 cm e 95kg, DM tipo 2, com história de fratura em úmero distal e ulna proximal a direita após acidente motociclístico em fev/24, sendo submetido a osteossíntese com placa e parafusos. Em julho/24, sofre novo acidente motociclístico evoluindo com fratura diafisária de úmero imediatamente ao limite proximal da síntese anterior. Proposta de abordagem cirúrgica em posição prona por cirurgião especialista experiente sob anestesia geral e bloqueio de plexo braquial via supraclavicular. Paciente monitorizado, venóclise revisada em MSE, sedação com 2mg de Midazolam, procedido bloqueio de plexo braquial via supra clavicular guiado por USG com injeção de 15 ml de ropivacaína 0,5% sem intercorrências. Pré-oxigenação, indução com fentanil 250 mcg, lidocaína 90mg, propofol 200mg, rocurônio 100mg. Intubação sob laringoscopia direta, manutenção inalatória com sevoflurano, posicionamento revisado pela equipe. Paciente liberado para o ato cirúrgico que transcorreu sem intercorrências em 5h e 20min. Discutido no intraoperatório a manutenção da analgesia pós-operatória com implantação de cateter perineural. Paciente em decúbito dorsal, realizado novo escaneamento com USG dos possíveis sítios de implantação e optado pela via supra clavicular, passagem do cateter supraclavicular e injeção de 5ml de ropivacaina 0,3% com boa dispersão perineural. Revertido bloqueio neuromuscular com sugamadex 200mg, seguido de extubação fora de plano. Paciente encaminhado à RPA Aldrete 08, posteriormente à enfermaria. Equipe cirúrgica orientada quanto ao cateter, prescrição revisada mantendo dipirona 2g de 6/6h regular e opioide apenas SOS. Visita à e enfermaria no D1 de PO ao final da manhã, paciente confortável com relato de EVA 5, realizado 10ml de ropivacaína 0,3%, após 1h nova visita com relato de EVA 1. No D2, ocorreu o mesmo. D3 de pós-operatório, paciente de alta hospitalar, retirado cateter, sem queixas. DISCUSSÃO: Alguns estudos concluíram que o método de injeção de bolus intermitente de anestésico local produz maior pressão e se espalha melhor ao redor da raiz nervosa do que o método de injeção contínua, de fato no caso do paciente deste relato obtivemos resultado satisfatório com diminuição dos escores de dor, sem consumo de opioide no pós-operatório durante a internação hospitalar.

Referência 1

Kim H, Baek J, Park S et al. Comparison of Continuous and Programmed Intermittent Bolus Infusion of 0.2% Ropivacaine after Ultrasound-Guided Continuous Interscalene Brachial Plexus Block in Arthroscopic Shoulder Surgery. Pain Res Manag. 2022: 2010224.

Referência 2

Pester JM; Hendrix JM; Varacallo M. Brachial Plexus Block Techniques. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK470213/ em 26/07/2024

Palavras Chave

analgesia pós-operatória;

Área

Anestesia Regional

Fonte de financiamento

Instituição de Origem

Instituições

CET S.A.HOSP.MUN.MIGUEL COUTO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

JULIANA CAEIRO CHAVES, ANA LUIZA NICOLETTI DIAS, CAROLINE MARQUES SILVA MOITA, RAFAEL MERCANTE LINHARES, HENRIQUE VIANA LYRA