Dados do Trabalho

Título

A utilização do Canabidiol no manejo da dor crônica: aplicabilidade e benefícios

Descrição

Justificativa e objetivos: As evidências têm revelado um papel promissor relacionado ao uso da Cannabis medicinal para o tratamento de dores crônicas, o que justifica o objetivo deste estudo de investigar o acervo científico relacionado à utilização do Canabidiol (CBD) no manejo da dor crônica. Método: Trata-se de uma revisão sistemática que realizou um levantamento das evidências de acordo com o protocolo PRISMA, com os descritores: "Canabidiol” AND "dor crônica” e os filtros: texto completo; bases de dados: MEDLINE e LILACS, disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sendo encontrados 61 artigos e, após os filtros: idiomas em inglês, português e espanhol; no recorte temporal de 2019 a 2023 e excluídos 28 estudos por fuga temática, duplicação ou indisponibilidade na íntegra, resultou em um corpus final de 33 publicações. Resultados: As evidências científicas referem que o CBD se apresenta como boa alternativa na dor crônica não oncológica, como na dor neuropática, na espasticidade da esclerose múltipla, na ansiedade, depressão, insônia, náuseas e vômitos em pessoas com doenças mistas, no transtorno de estresse pós-traumático e para o sono no cancro, diminuindo, significativamente, a polifarmácia. Consequentemente, pode haver redução no uso de opióides que poderia resultar até em vício quando seu uso é aumentado. Ainda que o CBD não seja psicotrópico, sendo considerado um protótipo para futuros medicamentos voltados às doenças humanas inflamatórias persistentes devido suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, seu uso precisa ser racional, pois pode provocar problemas tais como aumento do risco de acidentes de visão, esteatose e pode ter efeitos prejudiciais na formação fetal, se for consumido durante a gravidez. Sabe-se que o CBD é o principal fitocanabinoide farmacologicamente ativo mais frequentemente usado no tratamento médico, contudo, o tetra-hidrocarbinol (THC) atua como um agonista parcial dos receptores CB1, mesmo em altas doses. Dessa forma, tem baixa toxicidade e excelente perfil de segurança quando comparado aos canabinoides sintéticos. Conclusões: Destarte, percebe-se que há necessidade de mais estudos com testes controlados randomizados da cannabis para obter segurança e eficiência quanto à dose, modo de administração e indicações terapêuticas específicas nos mais diversos âmbitos da saúde pois seu uso parece ser uma estratégia promissora para superar a falta de eficácia do tratamento convencional para dores crônicas, sendo considerados eficientes por inferir um efeito poupador de opioides, anticonvulsivantes e antidepressivos de uso continuado.

Referência 1

LOPES JÚNIOR, D. N. P. DA S. et al.. Use of cannabis and its derivates in chronic pain management: systematic review. BRJP, v 6, n.4, p. 454-464, out. 2023.

Referência 2

PALLADINI, M. C. Indications for the use of cannabinoids. BrJP, v. 6, p. 142–145, 9 out. 2023

Palavras Chave

Canabidiol; Dor crônica; benefícios