Dados do Trabalho


Título

Eficácia do bloqueio paravertebral torácico no manejo da dor pós-operatória em cirurgia cardíaca pediátrica.

Descrição

Objetivo e justificativa: O bloqueio paravertebral torácico é uma técnica anestésica regional que tem ganhado destaque no manejo da dor pós-operatória, especialmente em cirurgias cardíacas pediátricas e a realização de um estudo sobre a eficácia dessa técnica é essencial devido à necessidade de métodos anestésicos que ofereçam maior precisão e segurança. A gestão eficaz da dor é crucial, pois a dor inadequadamente controlada pode levar a complicações, como estresse fisiológico e dificuldades respiratórias. A técnica guiada por ultrassom, em particular, aumenta a precisão e segurança do bloqueio uma opção mais desejada em cenários pediátricos. Portanto, o presente estudo tem como objetivo compilar evidências sobre a eficácia do bloqueio paravertebral torácico no manejo da dor pós-operatória em cirurgias cardíacas pediátricas.
Metodologia: Foi realizado uma revisão sistemática com o intuito de agrupar artigos que analisassem a eficácia do bloqueio paravertebral torácico no manejo da dor pós-operatória em cirurgia cardíaca pediátrica. Utilizando artigos com recorte temporal de 2012 a 2024, com base em banco de dados acadêmicos renomados como PubMed e SciELO.
Resultados:
Citado pela primeira vez em 1905, por Sellheim, o bloqueio paravertebral (BVP) é uma técnica utilizada para produzir um bloqueio ipsilateral dos sistemas somático e simpático, através da injeção de anestésico local ao longo do espaço paravertebral, dentro do espaço extrapleural, e, se estende entre os níveis torácicos. Estudos clínicos avaliaram a eficácia clínica de bloqueio paravertebral guiado por ultrassom para analgesia em pós-operatórios com taxas de 100% de eficácia para 0,5% bupivacaína 0,3 mL/kg-epinefrina, e, 0,5% ropivacaína 15 mL, principalmente T2-T4. Sua aplicação foi ampliada para o público infantil, tornando-se alvo de eficientes manejos no pós-operatório de cirurgias cardiovasculares, e além disso foram posto a prova em estudos randomizados, que mostraram tanto o bloqueio paravertebral torácico quanto o bloqueio epidural torácico resultam em escore de dor e função pulmonar comparáveis após toracotomia em pacientes pediátricos, todavia, o bloqueio paravertebral está associado a uma taxa de falha na técnica e efeitos colaterais significativamente menores.
Conclusão:
Infere-se, portanto, que o PVB resulta em um bloqueio ipsilateral dos sistemas somatossensorial e simpático, geralmente associado a uma anestesia geral em casos cirúrgicos, como em cirurgias cardíacas pediátricas. Esse procedimento proporciona uma analgesia efetiva, minimizando os efeitos adversos associados aos opioides e complicações respiratórias, possibilitando um melhor pós-operatório, diminuindo a o tempo de internação e a recuperação da criança. No entanto, tem-se uma taxa de falha técnica devido a exigência de maior experiencia do profissional, por conta da técnica de perda de resistência, utilizada tradicionalmente, entretanto, esses números são bem menores quando realizado o guiamento por ultrassom.

Referência 1

NG, Su Cheen; CHAZAPIS, Maria; WEST, Simeon. Bloqueio paravertebral guiado por ultrassom.

Referência 2

GREENGRASS, R. A. (ED.). Bloqueio Paravertebral Torácico e Lombar - Pontos de Referência e Técnica do Estimulador de Nervos Manoj K. [s.d.].

Palavras Chave

Bloqueio Paravertebral torácico com bupivacaína

Área

Anestesia Cardiovascular e Torácica

Fonte de financiamento

Privado

Instituições

Hospital Adventista de Manaus - Amazonas - Brasil

Autores

RAFAELA CARDOSO DE SOUZA, CAIO PAULAIN CAVALCANTE, SUAMMY OLIVEIRA MACIEL, IGOR VENTURIM FERREIRA, CARLA SANTANA VENTURIM FERREIRA, VITORIA MARIA BERNARDO DE ANDRADE