Dados do Trabalho
Título
Perfil dos Pacientes Atendidos por Serviço Aeromédico Privado
Descrição
Justificativa e objetivos: A Força Aérea Brasileira foi pioneira no serviço aeromédico no Brasil, em 1957. Desde então, houve expansão com diversas empresas reguladas pelo Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina¹. A distribuição desigual de leitos pelo Brasil dificulta o acesso a cuidados intensivos, exigindo deslocamento para serviços especializados, com profissionais experientes na assistência ao paciente grave². A grande extensão territorial justifica o transporte aéreo. O perfil dos pacientes transportados define os cuidados necessários. Há pouca literatura nacional sobre o tema, logo este estudo analisa os pacientes atendidos entre 2023 e 2024 por um serviço aeromédico privado. Método: Trata-se de um estudo descritivo, observacional, transversal e quantitativo do perfil dos pacientes atendidos por serviço aeromédico privado entre 12 de janeiro de 2023 e 18 de julho de 2024. As variáveis coletadas das fichas de transporte foram: sexo, idade, estado de origem e destino, setor do hospital de origem e destino, motivo do transporte e diagnósticos, categorizados pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Fichas incompletas foram excluídas. Dados e mapas foram analisados pelo Planilhas Google®. Resultados: Das 38 fichas de atendimentos, 24 pacientes eram do sexo masculino (63,2%) e 14 feminino (36,8%). A idade média foi 35,78 (±30,74), com mediana 38 anos e moda 2 anos (Tabela 1). O principal motivo da transferência foi a necessidade de centros especializados (60,5%), seguida de tratamento no local de origem (28,9%). O principal estado de origem foi Rondônia com 20 pacientes (53,62%), seguido do Distrito Federal (5; 13,2%) e São Paulo (4; 10,5%) (Mapa 1). Os destinos mais frequentes foram São Paulo (19 pacientes; 50%), Distrito Federal, (06; 15,8%) e Paraná (5; 13,2%) (Mapa 2). Na origem, 65,8% (25) dos pacientes estavam em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 15,8% (6) em enfermaria e 7,9% (3) em sala vermelha. No destino, 78,9% (30) dos pacientes foram para UTI, 7,9% (3) para enfermaria e 7,9% (3) home care. As doenças do aparelho circulatório foram as principais causas do transporte aeromédico em 09 pessoas (13,84%), seguidas de afecções respiratórias, malformações e causas externas com 7 pacientes cada (10,76% - Tabela 2). Conclusões: Os pacientes atendidos foram predominantemente do sexo masculino, com idade média de 34,8 anos e transportados por doenças do aparelho circulatório. Rondônia foi a principal origem e São Paulo o principal destino dos pacientes, que em sua maioria estavam internados na UTI e permaneceram nesse setor. O estudo demonstra um perfil específico dos pacientes atendidos pelo serviços de transporte. Devido à incipiência desse processo e à escassez de pesquisas nacionais, não é possível estabelecer uma comparação da evolução temporal do perfil do transporte aeromédico. Recomenda-se que novas pesquisas sejam realizadas para contribuir com o avanço da Medicina Aeroespacial.
Referência 1
Slavieiro RS, Griep R, Nicário R et al. Perfil Epidemiológico dos pacientes atendidos no período de 2014 a 2016 pelo serviço de transporte aero médico inter hospitalar vinculado ao consórcio intermunicipal Samu Oeste, como parte integrante da Rede Paraná Urgência. Revista Thêma et Scientia, 2017; vol 7; n° 2E: 206-222
Referência 2
FUIM, EF. Perfil dos pacientes atendidos em um serviço de transporte aeromédico privado. Revista Eletrônica do SimTec, 2016,n. 6: 222, 2016.
Palavras Chave
Transporte de Pacientes; unidades de terapia intensiva; Medicina Aeroespacial
Área
Cuidados Intensivos e Doenças Infecciosas
Fonte de financiamento
Instituição de Origem
Instituições
FLUG - Distrito Federal - Brasil
Autores
MARIA CECÍLIA MARQUES LOPES, RAFAEL VILLELA SILVA DERRÉ TORRES